terça-feira, 23 de setembro de 2014

O bobo da corte

Nem o ministro da propaganda de Saddam faria melhor que o secretário de estado da Justiça. Ontem, no Prós & Contras sobre o estado do Citius, fez uma figura triste e vergonhosa. Desde o início que tentou ler o discurso que levava preparado e, perante o contraditório que quase toda a gente lhe fez, reagia com irritação, vitimizando-se, alegando que não havia elevação no debate. A sua má-fé e o descaramento foram tão evidentes que a plateia, por diversas vezes, reagia às suas palavras com gargalhadas.
Tal como os bobos faziam rir a corte com os seus malabarismos e actos circenses, o secretário de estado fez ontem rir quem viu o programa com a sua ilusão do mundo perfeito, em que o Citius funciona de forma plena e eficaz e que está tudo bem. Com meia dúzia de crentes, incluindo a Juiz que ontem lá foi fazer uma figura igualmente triste, este caminho lá vai insistindo no erro e no falhanço.
Logo no início, Fátima Campos Ferreira insistiu com o secretário de estado com a pergunta se o governo sabia ou não, se tinha sido avisado ou não dos problemas com o Citius. Fugiu sempre da pergunta, respondeu com "rodriguinhos" e conversa da treta e tem muito a agradecer à amiga Fátima de ter desistido da pergunta, tendo acabado por não responder. Mas todos sabemos a resposta. Já veio nos jornais que a equipa e o chefe de gabinete da ministra se demitiram porque o ministério fez ouvidos mocos aos avisos de quem percebe de informática. Mas a mentira e a dissimulação fazem parte do adn deste governo, não lhes permitindo falar verdade e assumir as responsabilidades.

sábado, 20 de setembro de 2014

O país da bandalheira

Num país a sério Paula Teixeira da Cruz já não seria ministra da Justiça. Num país a sério, Crato já teria saído do Ministério que quis, e conseguiu, implodir. Num país a sério, este governo que tanto roubou às pessoas para por as contas em ordem e ficarmos a dever menos aos nossos credores, já teria sido substituído depois de nos deixar ainda mais endividados e com as contas em desgraça. Num país a sério, já não teríamos uma múmia cúmplice em Belém. Num país a sério, já não teríamos uma nulidade, o TóZero, a fingir que faz oposição a um governo com o qual concorda em quase tudo. Num país a sério, já não teríamos bufos impunes por se chibarem a jornalistas amigos para queimarem na praça pública (nos media) políticos de que não gostam. Num país a sério, já não teríamos criminosos a falar nas tv's, convidados pelos jornalistas como se fossem inocentes ou cândidos perorando sobre valores e ética. Num país a sério, as caras que representam as principais instituições já seriam outras, não estas. Mas como não estamos num país a sério, temos de continuar a aguentar tudo isto...