quinta-feira, 19 de julho de 2012

Quem cala consente

O Bispo das Forças Armadas, D. Janurário Torgal, tocou na ferida mais profunda do país: a corrupção. E tocou no seu centro: os políticos e governantes. Calhou aos actuais, como poderia ter calhado aos anteriores, pois as críticas podiam servir para qualquer governante das últimas décadas. O governo ficou indignado, pois as verdades são sempre difíceis de ouvir. Considero, até, que se excedeu no tom, fazendo-me lembrar o Bastonário Marinho Pinto, que tem muita razão no que diz mas perde-a com a forma empregue nos seus discursos e textos. Mas não poderemos, nunca, censurar quem diz as verdades e se indigna com a corrupção que grassa em Portugal. O Ministro Aguiar Branco, tentando contra atacar, pediu ao Bispo que se calasse e/ou provasse o que disse. Não me recordo, por exemplo, de pedir a Paulo Morais para se calar, quando escreveu isto ou disse isto. Critérios...
Já agora, não foi noticiado nos últimos dois dias que o DCIAP está a investigar possíveis crimes nos negócios das privatizações? É que, segundo entendi, poderão estar em causa a conduta do próprio Governo...

2 comentários:

Graza disse...

Quando leio textos ou blogues assim com esta qualidade e verifico que estão sem comentários, dão a sensação que não foram lidos o que pode não ser verdade, porque nem todos, nem sempre comentam e posso até estar a errar nos níveis de leitores. Mas ainda que andemos para aqui a escrever com deficit de leituras, não nos deve desanimar, devemos lembrar-nos do tempo em que isto não era possível por não dispormos destas ferramentas de comunicação. Continue assim Ricardo, um cidadão atentíssimo, tome isto como um serviço público de grande valor.

Um abraço.

Ricardo Sardo disse...

Obrigado caro amigo. Confesso que gosto de discutir as questões, mas não me incomoda a ausência de comentários. Até porque também não tenho tempo para comentar tudo o que gostaria de comentar noutros poisos. Nunca este blogue teve muitos comentários e não é para isso que foi criado nem se mantém no activo. Trata-se apenas de um veículo da minha linha de pensamento e das minhas opiniões pessoais sobre diversos temas. Nunca foi e nunca será um meio de publicidade ou auto engrandecimento, ou algo do género.
Abraço.