quarta-feira, 9 de maio de 2012

Poderes absolutos, não obrigado (2)

Recordo, mais uma vez, este vídeo, para se perceber como trabalham alguns elementos da nossa Justiça. Ao ler esta notícia fica-se com a sensação de que alguma coisa nos escapa para não percebermos:
1) como a Justiça consegue ser extremanente célere quando os queixosos são magistrados (juízes ou procuradores) e extremamente lenta quando é um cidadão "comum";
2) como se atribui um valor tão elevado, quando comparado com a jurisprudência dominante e com os valores das indemnizações atribuídas, por exemplo, em caso de morte ou nos processos de homicídio;
3) como é possível um magistrado decidir em causa própria e no sentido contrário à jurisprudência dominante em Portugal (e unânime no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem).
A imagem da Justiça e dos seus operadores está no fundo e estes não se preocupam com isso. Basta ler, como refere e bem o Graza, os comentários da notícia e percebemos como as pessoas ficam indignadas e não compreendem estas decisões. Se é verdade que os juízes não devem decidir com as emoções dos cidadãos, não é menos certo que devem decidir para eles, para o povo. E se este fica convencido que decidem para bem próprio e não para o povo, é natural que este se revolte e proteste. Basta olhar para a História...

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