terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Tachocracia

Ainda houve um tempo em que vivíamos em meritocracia, em que os melhores chegavam ao topo, elevando a qualidade das decisões e de toda a organização, fosse empresarial, governamental ou outra. Mas hoje não há sombra de dúvidas que vivemos numa tachocracia, onde chegam ao topo os melhores... amigos. Esta carta aberta, entretanto divulgada no Facebook e na blogosfera, chama a atenção para um pormenor relevante: a falta de competência, capacidade, conhecimento e experiência do Governo em geral e do PM em particular. Nem tudo o que de mal fazem provém de uma mentalidade ultraliberal, com o objectivo de favorecer os amigos, quase todos já ricos, em detrimento da esmagadora maioria da população, boa parte dela pobre ou remediada. Algumas decisões são originadas por mentes limitadas e tacanhas. Na carta, a autora acusa o PM de ter menos habilitações literárias, experiência profissional e conhecimento de línguas do que ela. Mas também de ter trabalhador e dado menos ao país do que ela. Percebemos agora como Passos coelho chegou ao topo. Graças à tachocracia. Pois chegar ao topo, por exemplo, de uma grande empresa (sem serem do grupo do padrinho, claro) com mérito parece impossível de imaginar, tal é a incompetência demonstradas nestes curtos mas penosos meses que já leva de governo. Não são só as mentiras, umas atrás das outras, nem a revolução que está a laver o país à destruição quase total para meia dúzia de amigos ficarem a controlar tudo (o pouco que restará). É também uma questão de incompetência. E uma questão de saúde pública arranjar uma alternativa credível, o quanto antes, para correr com esta gente.

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