sábado, 26 de novembro de 2011

Crime

Há muito que sou contra as claques de futebol. É verdade que possuem virtudes, sobretudo a de dar apoio às equipes, mas o seu reiterado comportamento, que por vezes chega a ser criminoso, chegam a colocar em causa o espectáculo. O que se viu há pouco no estádio da Luz, para além de uma vergonha e uma enorme falta de respeito, civismo e ética desportiva, é um crime e tem de ser denunciado como tal: um crime. Tudo começou, diga-se, com as palavras incendiárias de alguns sportinguistas com voz na comunicação social e com alguma influência. Incendiários cuja visão e valores são toldados e formatados pelo ódio ao Benfica, o inimigo de estimação (vivem e torcem não ppela a vitória do Sporting mas antes pela derrota do Benfica). Gente que não tem o mínimo de noção do que dizem e/ou fazem quando o Benfica entra na equação. Gente que não merece qualquer consideração e muito menos opinião nas televisões e nos jornais. E é esta gente que também contribui, pelos palavras e acções provocatórias e incendiárias (como criticar a não cedência de mais bilhetes, quando nem usaram todos os que lhe foram enviados), para estas vergonhas. Falando em particular dos adeptos leoninos, que se acham superiores e melhores que os outros (dizem-se filhos e sobrinhos de viscondes e gente de bem...), ficou hoje provado que são iguais aos outros. Vandalismo é e será sempre vandalismo. Um crime é um crime, independemente de quem o pratica e se o faz de olhos verdes, encarnados ou azuis. Todas as críticas, infundadas diga-se, à rede de segurança foram por água abaixo com este comportamento. Mostraram que mereciam bem pior, como jaulas. Pode ser que aos engraçadinhos lhes calhe uma outra jaula, a do Estabelcimento Prisional de Lisboa, que é onde merecem estar.


Adenda: Tal como esperado, os comentadores sportiguistas nas tv's, que durante semanas contribuiram para incendiar os ânimos em torno do encontro por causa da rede de segurança, ontem, já após o jogo, desvalorizaram o crime praticado (um até disse serem poucas cadeiras - que, como se vê na foto, não foram assim tão poucas, mas bastaria apenas uma para ser um crime - e que a culpa era da polícia, pois tinha permitido a entrada de isqueiros como se a culpa não fosse do criminosos mas da polícia). Assim se vê o carácter desta gente e a falta de escrúpulos e valores de quem se diz de bem. Afinal, ser-se familiar de viscondes não é uma vantagem, bem pelo contrário.

5 comentários:

Graza disse...

Disse bem tudo, e quanto aos comentadores/incendiários seria bom que as televisões ajudassem também a acalmar o ambiente correndo com os arruaceiros de luxo. Não sei quem poderá gostar de ouvir Dias Ferreira. Impressiona…

Ricardo Sardo disse...

Há muito que não ouço Dias Ferreira ou Guilherme Aguiar. Há muito. Calhou, no sábado, virar para a RTPi e ouvir Oliveira e Costa, a dizer as alarvidades do costume (também deixei de acompanhar o Trio D'ataque). Não tenho paciência nem tempo para ouvir gente deste calibre.

Graza disse...

Oliveira e Costa é uma caso sério de cegueira clubistica.

Nota: Este seu Verificador de Palavras dá palavras estranhas: agora está a pedir-me a verificação dos carateres "quente" :))

Graza disse...

Oliveira e Costa é um caso sério de cegueira clubista.

Ricardo Sardo disse...

O verificador é para evitar o spam. Se não fosse isso, não o tinha, garanto, pois também não gosto dele...