sábado, 2 de abril de 2011

Os limites da ética e da decência

É sabido que muitas peças jornalísticas têm vários autores, para além daqueles que as assinam. Também já descobrimos que algumas peças são "encomendadas" por outros. Recordam-se de uma célebre escuta telefónica em que um dirigente de um clube de futebol dizia ao jornalista como havia de escrever a notícia? Ou da notícia inventada por um certo jornal, a pedido de um assessor de Belém? Pois é. Sucede que agora é próprio Sr. Silva - e não por intermédio de um dos seus cães de guarda amestrados - que vem "sugerir" o que os media deveria escrever e dizer: "Fundo Europeu de Estabilização Financeira. Eu acho que os senhores deviam deixar de falar em FMI, porque isso não está certo, está errado. É FEEF." (meus negritos)

Pergunto: e os media "ficam-se"? Comem e calam-se? Já tínhamos percebido há muito que há perguntas que não lhe são colocadas, mas ter que obedecer, de forma tão descarada e pública, já ultrapassa todos os limites da ética e da decência.

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