terça-feira, 13 de julho de 2010

Seriedade, ou a falta dela (2)

Li num jornal desportivo que o assunto (Queiroz vs. Sol) estava resolvido. Pergunto: como é que está resolvido? Quem tem razão? Quem mentiu e quem falou verdade?
Fico estupefacto com a gritante dualidade de critérios da nossa comunicação social. A quem interessa que este assunto fique esquecido, sem ser devidamente esclarecido? Porque é que a comunicação social não questiona os envolvidos e porque não investiga? Porque não exige a publicação da conversa entre jornalista e entrevistado? É que uma outra conversa, com um deputado que, por acaso acabou por "levar emprestado" o gravador dos jornalistas, foi publicada, Aí já não há sigilo das conversas "com a fonte"? Ou é só quando interessa aos jornalistas, sendo a regra e a ética moldável conforme os seus interesses?
Depois admiram-se que se vendam menos jornais. Pudera!
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Nota: tal como no Belémgate, onde um jornalista foi apanhado a conspirar com um assessor presidencial, a comunicação social apressou-se a tomar partido e a "esquecer-se" de fazer as perguntas exigíveis naqueles casos. Quando se trata de investigar um dos seus, tratam logo de deixar os assuntos cairem no esquecimento. Para uma classe que exige tantos direitos e respeito, não deixa de ser lamentável que se esqueça dos seus deveres e não se dê ao respeito.

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