quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tribunal de Elvas

"O Tribunal de Elvas foi assaltado durante o horário normal de funcionamento, na quarta-feira, tendo sido furtado um computador portátil do interior de um gabinete de um magistrado, disse hoje à agência Lusa fonte ligada ao processo.
O computador foi furtado de cima de uma secretária de um funcionário judicial, "durante o normal funcionamento dos serviços, e sem que ninguém tenha dado conta", de acordo com os relatos prestados às autoridades policiais.
Uma viatura que estava estacionada no parque do Tribunal de Elvas, pertencente a um funcionário, também foi alvo de vandalismo, tendo o parabrisas sido partido com uma pedra de calçada, disse a mesma fonte.
As autoridades policiais foram ao tribunal e iniciaram as investigações, não sendo possível recolher imagens porque o sistema de vídeo vigilância está avariado há bastante tempo, também de acordo com os relatos prestados pelos funcionários às autoridades policiais.
A Policia Judiciária também foi chamada ao local mas, até ao momento, não foi possível recuperar o computador que tinha informações ligadas aos processos."

(Jornal de Notícias)


Vamos por pontos:

1) A notícia não é esclarecedora, já que não se percebe se o portátil furtado pertencia a um magistrado judicial (juíz), a um magistrado do Ministério Público ou a um funcionário judicial, pois primeiro fala-se em magistrado e depois em funcionário.

2) Infelizmente já é normal neste país os sistemas de videovigilância não funcionarem.
Mas, neste caso, por culpa de quem? Do tribunal? Do Ministério da Justiça? Da empresa responsável pela manutenção? Por quem?

3) Como é que é possível que alguém entre por um tribunal adentro e num gabinete sem que ninguém dê por nada?
É que para além da questão óbvia da falta de segurança há uma outra: tendo sido foi durante o horário de funcionamento, certamente haveria funcionários na zona. E ninguém viu? Como é possível?

Esta história, como diz o povo, "cheira mal".


Nota: é curioso que nenhum jornal tenha tido o cuidado de verificar esta dúvida, se foi de um magistrado ou um funcionário, já que os textos são puros "copy/paste" do texto original da Lusa.
Jornalismo tão descuidado só podia dar nisto: desinformação.

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